quarta-feira, 10 de junho de 2015

Paris pretende se tornar a nova capital mundial do ciclismo urbano


Duplicar a quantidade de ciclovias na cidade, estabelecer uma rede expressa, criar um fundo econômico de auxílio para a compra de uma bicicleta e construir 10 mil novas vagas de estacionamento para bicicletas são algumas das medidas do Plano de Bicicletas 2015-2010 apresentado recentemente pela Prefeitura de Paris e que pretende transformar a cidade na "capital mundial do ciclismo".
Embora hoje em dia esse "título" seja atribuído àquelas cidades em que mais da metade dos habitantes se desloca de bicicleta, como Amsterdã e Copenhague, um dos objetivos do plano parisiense é que a quantidade de pessoas que usam diariamente a bicicleta passe de 5% para 15% da população até 2020.
O que o plano oferece ao ciclistas de Paris?
Antes da divulgação desse plano, o município realizou uma consulta com os cidadãos para saber quais são as expectativas sobre o uso da bicicleta como meio de transporte.
Dessa enquete, realizada em outubro do ano passado, participaram 7 mil pessoas, que apontaram para a necessidade de maior segurança nos percursos sobre duas rodas, segundo informa o secretário de Transporte e Espaço Público de Paris, Christophe Najdovski.
Após a conclusão dessa etapa, o plano começou a tomar forma, recebendo a injeção de 150 milhões de euros.
Infraestrutura 
Entre as iniciativas propostas está a duplicação da quantidade de ciclovias na cidade, passando de 700km a 1.400 km em apenas cinco anos. Essa medida, que propõe os novos trechos segregados dos automóveis, será complementada com a expansão do programa " Paris 30km/h'' , que pretende estabelecer regiões onde os automóveis só podem trafegar a, no máximo, 30km/h.
Soma-se a isso a mudança dos semáforos para ciclistas, que, em Zonas 30, permitirá que estes virem à direita mesmo com o sinal vermelho, desde que respeitem a preferência dos pedestres.
Também serão implementadas mais bici-boxes nos cruzamentos, isto é, áreas definidas para que os ciclistas tenham maior visibilidade enquando estiverem esperando o semáforo abrir.
Uma das iniciativas mais abrangentes do plano é a construção da denominada Rede Expressa que prevê a construção de 80 quilômetros de ciclovias que conectarão a cidade nos sentidos norte-sul, leste-oeste e adjacente ao rio Sena.
Cultura ciclista e estacionamentos

Uma nova estratégia que a prefeitura colocará à prova com o objetivo de fomentar a cultura ciclista na cidade é a criação de novos locais voltados para o uso da bicicleta, como centros de aprendizagem e oficinas para reparos mecânicos.Por ouro lado, será destinado um fundo de 10 milhões de euros para ajudar financeiramente aqueles que queiram comprar uma bicicleta, comum ou elétrica, e não contem com recursos próprios.
Em relação aos estacionamentos, a meta é que em 2020 existam 10 mil novas vagas para bicicletas. Embora o estudo de demanda não tenha estabelecido os locais exatos desses novos estacionamentos, a ideia da prefeitura é construí-los nas proximidades das estações de trem, metrô e nas ruas.


Fontes: Prefeitura de Paris. (via:www..archdaily.com.br)

sábado, 6 de junho de 2015

Museum of Ocean and Surf - Steven Holl






 O museu do Oceano e do Surf (Cité de l’Océan et du Surf) explora tanto o Surf e o Mar, como seu papel no lazer, na ciência e na tecnologia. O projeto de Steven Holl, com colaboração de Solange Fabião, é o vencedor de um concurso internacional em que participaram os escritórios de Enric Miralles/Benedetta Tagliabue, Brochet Lajus Pueyo, Bernard Tschumi e Jean-Michel Willmotte.

A forma do edifício deriva do conceito espacial  “under the sky”/“under the sea” (sob o céu/ no fundo do mar).  A forma côncava de “under the sky” caracteriza o espaço exterior principal, a Praça do Oceano. A estrutura convexa da cobertura forma o espaço de exposições “under the sea”. As qualidades espaciais do edifício são experimentadas já na entrada, onde o lobby e as rampas proporcionam uma ampla vista aérea da área de exposições, a medida em que se percorre a dinâmica superfície curva, animada por imagens em movimento e luzes.

A precisa combinação entre conceito e topografia dá ao edifício um perfil único. A forma côncava da praça se estende sobre a paisagem em direção ao oceano. Com bordas ligeiramente em concha, a paisagem, uma mistura de vegetação local e de campo, é uma continuação do edifício e vai sediar festivais e eventos diários integrados às instalações do museu.
Dois volumes de vidro, que abrigam o restaurante  e o quiosque do surfista, ativam o espaço central da praça e se conectam analogamente, à distância, com os dois grandes volumes da praia. Os volumes de vidro podem ser acessados pelo lobby de entrada principal, que conecta o nível da rua à cafeteria e ao quiosque do surfista, e também tem acesso independente através da praça, que funciona como um espaço de acesso principal aberto ao público.



Confira um video de uma animação do museu: 


Frase do Arquiteto - Steven Holl

"Um edifício tem que oferecer ainda mais quando você entra, do que quando você olha de fora". Steven Holl.

Arte - Artista cria ilustrações panorâmicas em copos de café descartáveis.


Alguns artistas estampam sua arte em telas, paredes e até em guardanapos de papel. Já o ilustrador australiano Adrian Hogan, baseado em Tóquio, encontrou uma forma especial de se expressar e criou uma série de esboços divertidos em copos de café descartáveis.  Cada desenho mostra vistas panorâmicas de ruas e calçadas dos diversos locais por onde o artista passa.  Seus traços são delicados e realistas e espelham perfeitamente cada detalhe em seu entorno.
O conceito dos desenhos nos copos começou quando uma amiga de Hogan pediu-lhe que fizesse parte de uma exposição temática sobre cafés em Tóquio. Depois de desenhar cenários nos copos, Hogan decidiu filmá-los com o espaço da vida real no fundo. Hogan usa uma combinação de canetas e aquarelas para realizar suas ilustrações. É preciso ter muita habilidade para desenhar em copos de papel, já que não é possível apoiá-los em uma superfície plana. Hogan segura a paleta de aquarela e o copo com a mão esquerda e desenha com a mão direta.
O ilustrador diz que é um verdadeiro amante de café e que muitos de seus copos foram usados antes de se transformarem em obras de arte. “Gosto de beber café nos intervalos para relaxar e reenergizar, desenhar nos copos me ajuda a prestar mais atenção no mundo ao meu redor”, afirma Hogan.

Confira as imagens abaixo e veja o mundo panorâmico do artista:









Todas as fotos © Adrian Hogan
Via Hypeness 

20 pequenas casas que sabem otimizar o espaço.

Cada vez mais pessoas têm optado por morar em casas ou apartamentos menores. Por isso, inovações na área de design de interiores têm um papel fundamental para ajudar quem quer aprender a otimizar o espaço, sem gastar muito dinheiro. 

Confiram:


















 
Todas as fotos: Bored Panda. SITE

segunda-feira, 1 de junho de 2015

Paradise in Kansas City - Steven Holl

Naves espaciais ? Lanternas ? A visitação do além ?
2007 Bloch Edifício de Steven Holl
Além de venerável Nelson- Atkins Museum de Kansas City - é o mais insanamente belo edifício na América.

EXPOSIÇÃO PARALLAX - Steven Holl

Steven Holl Parallax
Por Paola Iacucci , Ilaria Andreini
Apresentação de Francesco Moschini , Hans Hoger , Luca Molinari .
Conferência na Faculdade de Arquitetura , Bovisa , para a exposição com a participação de , entre outros : Antonio Monestiroli , Francesco Moschini , Hans Hoger , Luca Molinari .













segunda-feira, 25 de maio de 2015

Kiasma, Museu de Arte Contemporânea: Obra 3 - Steven Holl

Kiasma, Museu de Arte Contemporânea


O Museu de arte Kiasma está localizado em Helsínquia, Finlândia. Foi construído entre 1992 e 1998. Trata-se portanto de um conjunto de conceitos, também eles entrelaçados, como num quiasma, que significa x em grego. O nome Kiasma deriva da designação dada a interligação de terminações nervosas, fazendo uma alusão ao encontro “fértil” entre pessoas e idéias.
O museu está localizado na Avenida Mannerheimitie, o coração da capital, em um lugar de importância vital, pois é cercado por grandes referências da cultura finlandesa. A oeste faz fronteira com o edifício do Parlamento, a leste com a estação ferroviária e ao norte Eliel Saarinen com Alvar Aalto Salão Centro. Também, marcaram o local com uma geometria triangular que se abre para a Baía de Töölö, tem a qualidade sugestiva de estar no lugar de confluência de diferentes lotes urbanos, característica brilhante que o arquiteto aproveita para a configuração formal da proposta. Um dos seus pontos fortes é a capacidade que o prédio possui para ligar o centro da capital até a vila costeira de Töölö.
O Museu de Arte Contemporânea de Helsínquia, mais conhecido como Kiasma, é o resultado de um concurso internacional de design de arquitetura realizada no ano 1992. 
O concurso foi destinado a arquitetos dos países nórdicos e bálticos. Cinco arquitetos de renome internacional participaram entre os quais havia apenas um cidadão norte-americano. Em 1993, o trabalho Kiasma pelo arquiteto americano Steven Holl foi selecionado entre os 516 concorrentes.
Conceito:
O conceito proposto de Kiasma Holl é interpretado como uma massa construída que se encaixa com a geometria da cidade e da paisagem. E, como resultado, gera um forma com elementos culturais implícitos, curvando a diretriz ligando o edifício com o Hall of Finland, mantendo-se com uma outra linha natural a paisagem.
O projeto se refere a ideia de uma “garagem de arte” e ao tipo de movimento em espiral no interior do espaço e ainda tomo como referência a entrada de luz natural no interior do museu.
O projeto:

1 - Entrada Principal
2 - Lobby
3 - Vestiário
4 - Sala de informações
5 - Livraria
6 - Café
7 - Átrio do Auditório
8 - Auditório
9 - Fórum de Arte
10 - Sala de Máquinas
11 - Biblioteca
12 - Escritório
13 – Salão de Exposição Permanente

Fenomenologia:

 Steven Holl projetou um museu que deslumbra por suas sutilezas e que ao mesmo tempo suas linhas limpas faz com que a arte seja o foco das atenções,  tem o objetivo de percorrer o espaço a várias alturas, há uma forte deformação na perspectiva da visão, faz progredir o corpo precisamente por essa perspectiva.
 Steven tinha a intenção de mexer com a mente através destas formas geométricas e ângulos de forma silenciosa e ainda dramático, uma configuração neurológica que liga percepção e concepção.
      Na grande encenação destes espaços, a arquitetura é entendida de uma forma teatral, no sentido de que, a todas as situações, o autor dá uma expressão profundamente dramática. Mas, para lá disto, sentimos também que esta encenação é metafórica, quer referir-se a qualquer coisa que está para lá da própria arquitetura. Nesse sentido, independentemente de ser ela própria, a arquitetura é também a expressão de algo que a transcende.
Linguagem do arquiteto:
O arquiteto é chamado de “inventor de tipologias”, e suas analogias podem ser de vários tipos, desde as analogias tipológicas, por simplificação, que tratam-se sobretudo de utilizar uma linguagem formal e compositiva derivada da linguagem analógica das tipologias característica da Tendenza italiana, ainda que Holl não se tenha limitado a imitar. Tendo desenvolvido estudos tipológicos, no início da sua carreira, Holl tem um conhecimento real e direto das tipologias norte-americanas, urbanas e rurais, utilizando-as no seu trabalho projetual e manipulando-as de um modo criativo. Por isso lhe chamamos inventor de tipologias. 

  

Simmons Hall at MIT: Obra 2 - Steven Holl

Simmons Hall at MIT



Simmons Hall at MIT foi construído entre 1999 e 2002, na cidade de Cambridge, EUA. Foi encomendando a Steven Holl um novo dormitório para a universidade, que tinha como objetivo interação entre os alunos nos espaços ao redor e dentro do edifício.
O projeto possui 195.000 metros quadrados, 350 residências e um teatro de 125 assentos. Os corredores internos possuem 11 metros de largura.Está localizado na Vassar Street e pertence ao Instituto de Tecnologia de Massachusetts. Holl fez um edifício de dez andares que se tornou uma pequena cidade, com equilíbrio opostos, elementos arquitetônicos, com cheios e vazios e opacidade e transparência. O projeto de Steven Holl para o Simmons Hall at MIT ganhou a medalha Harleston Parker.

Concepção e Construção:
O novo dormitório foi projetado para funcionar como uma pequena cidade, onde fosse possível a interação de todos os alunos em um só espaço. 
Conceito:
Dada a singularidade do local, estreito e comprido, para evitar a construção de um bloco compacto, que feche com a sua grandeza a livre circulação do ar e as perspectivas sobre o Rio Charles, que corre à margem do campo, Holl criou um "edifício poroso" com um couro respirável com grandes aberturas na paisagem. A solução foi  um prédio que funcionasse metaforicamente como uma esponja. Uma estrutura porosa que absorveria a luz através de uma série de grandes aberturas. Estas  se tornariam então principais espaços interativos para os alunos.
A construção é definida externamente por paredes caracterizadas por mais de 3000 pequenas aberturas que servem como janelas, espaçadas por aberturas maiores em correspondência com os serviços comuns, como entradas e espaços ao ar livre. Estes grandes buracos cortam dentro das fachadas e quebram a monotonia dos bloco residenciais.
Análise do projeto:
A residência de graduação é vislumbrada com o conceito de "porosidade". É uma fatia vertical da cidade, a 10 andares de altura e 100 metros de comprimento. O conceito de "esponja" transforma o edifício através de uma série de funções  biotécnicas


O edifício tem cinco grandes aberturas correspondentes às entradas principais, com corredores, e terraços com atividade ao ar livre. As grandes, aberturas dinâmicas são os pulmões, trazendo luz natural para baixo e ar em movimento para cima. 


As entradas correspondem as grandes aberturas do projeto, são cinco entradas principais para o edifício.
No projeto há um teatro que também é utilizado como sala de cinema de dois pavimentos e é um forma que Holl utilizou para unir os moradores, o local conta com uma capacidade de 125 pessoas e está dentro do complexo.Há também um café da noite e um local para almoço e jantar, onde os estudantes podem se reunir todas as tardes e noites.Os quartos para estudantes são agrupados em várias unidades residenciais. O mobiliário também foi desenhado pelo estúdio de Holl, feito de madeira, composto por uma série de elementos modulares que organiza a sala para atender o aluno.
Semelhança:Tendo como inspiração a Unidade de Habitação de Marselha, são claras as semelhanças, ambas possuem inúmeras aberturas em sua fachada e suas residências. As formas são nitidamente parecidas e o uso de cores na fachada também são semelhantes.
Fenomenologia:
O projeto analisado é bem impactante. Ao percorrer-se por ele, pode-se notar uma obra impressionante, pensada para as pessoas que o utilizariam.
Linguagem do Arquiteto: 
Holl foge um pouco da arquitetura como linguagem, pois ele surpreende ao estilo da época, não há uma continuidade e não é uma obra tradicional. O arquiteto segue mais a sua linguagem, trazendo para o projeto um estilo pessoal, inovação em sua obra e trás uma forma surpreendente para as pessoas que o analisam de fora.
                              

domingo, 24 de maio de 2015

Capela de Santo Ignacio: Obra 1 - Steven Holl

Capela de Santo Ignacio




A Capela Santo Inacio foi construída entre 1994 e 1997, na cidade de Seatlle, EUA. Está localizada na Universidade de Seatle e é a descrição da missão da universidade, referindo-se também à visão da vida espiritual de Santo Inácio, compreendendo muitas luzes e trevas interiores, chamados de consolações e desolações. Esta construção é claramente a essência do autor e sua obra está representada por uso de um cubo fragmentado através da modulação do espaço e da luz.
A relação com o lugar estabelece-se através do seu lado cultural, do significado ou simbolismo do novo edifício, no contexto do campus universitário. Do ponto de vista urbanístico, o edifício da capela, isolado e rodeado de relvados, forma um ponto muito central, o que ajuda a reforçar seu significado simbólico.
Holl refere-se às diversas nacionalidades presentes da Universidade e aos exercícios espirituais dos jesuítas para justificar o uso de diferentes cores de luz que formam um todo, ao unirem-se no espaço da igreja, unificada, por sua vez, por uma caixa de pedra, na verdade construída de concreto.
O projeto de Steven Holl para a Capela San Ignacio ganhou um prêmio de design no Instituto Americano de Arquitetos de Nova York, e o modelo da capela foi selecionado para fazer parte da coleção permanente do Museu de Arte Moderna de Nova York.
A Capela foi focada nas necessidades espirituais dos alunos. As contribuições dos estudantes foram fundamentais para o processo de design e, de acordo com Holl, o resultado foi “um projeto que seria à frente da procura, mas ancorado ao passado.”
Concepção:
A concepção parte de um desenho de sete garrafas, cada uma com uma cor e com formas e orientações diferentes, que emergem de uma caixa de pedra. Os volumes correspondem a diferentes espaços interiores, organizados de acordo com o programa do culto católico.
   O autor trabalha com a analogia com o próprio conceito de garrafa - um contendor aberto no topo superior, geralmente em vidro colorido, com forma variável - e tira partido de sua variedade formal e cromática para relacionar as garrafas com as ideias de multiplicidade e de unidade, uma complexa relação entre esquemas gráficos e breves, e sintéticos apontamentos escritos.
  Através do uso de lentes e de campos em que utiliza cores complementares, Steven explora a teoria da cor de Goethe: “ao fixarmos o olhar prolongadamente numa flor amarela e seguidamente, olharmos para um fundo neutro iremos ver aparecer sua cor complementar, o azul”.
  Como a parte oculta dos planos que quebram a entrada da luz para o interior do espaço está pintada com a cor complementar à respectiva lente, o jogo goethiano de cores corre também com a luz artificial noturna. 
A capela possui uma implantação processional destinada ao rito dos jesuítas. Entra pelo pátio, contorna piscina, acessa a capela, passa pelo átrio e batistério e atinge a sala cerimonial.
Em elevação os ambientes se traduzem em uma série de volumes tangentes de formas distintas, iluminados do alto com orientações diferentes de acordo com a função do espaço. 

1 - Entrada - Procissões
2 - Nártex
3 - Batistério
4 - Nave
5 - Altar
6 - Capela do Santíssimo Sacramento
7 - Coro
8 - Sanitários

Luz:

As grandes claraboias parecem procurar a luz captada, onde a nave principal da igreja surge como uma enorme carcaça, repleta de detalhes desenhados pela luz natural e pela luz artificial
Além disso, a projeção de luz colorida para o exterior, em várias direções, é um dos principais objetivos do projeto, já que é a noite que ocorrem os principais serviços religiosos na capela universitária.
  À noite, as aberturas de vidro da cobertura projetam a luz colorida para os espaços exteriores do campus, luz essa, que se reflete e vibra através do espelho d’água.
Semelhança:
Tendo como inspiração a Capela Notre-Dame-du-Haut, ou Ronchamp, são claras as semelhanças, principalmente em relação à colocação das aberturas e aos efeitos de luz no interior. Tais efeitos, são nítidas recordações dos poderosos efeitos lumínicos usados historicamente nas igrejas, desde a Idade Média.


Fenomenologia:
De fora, a capela tem uma forma simples, retangular, e em seu interior, a capela entrega surpresas, cores e luzes que criam formas e marcam espaços através de comportamentos não convencionais.
O cenário muda de acordo com o movimento do sol e a depender da hora do dia, diferentes composições cromáticas refletem nas paredes e no piso da capela. Captar essa dinâmica, apenas é possível adentrando o espaço. Para quem está longe, restam os registros fotográficos que mais se assemelham a pinturas abstratas.
Ocorre a utilização metafórica da luz, o que, nesse caso, a luz nos remeterá para um significado que está para lá da própria luz, nesse caso, a luz é cor. Há a irregularidade, com volumes que se viram em diversas direções, com diferentes aberturas na cobertura.