Kiasma,
Museu
de Arte Contemporânea
O
Museu de arte Kiasma está
localizado em Helsínquia, Finlândia. Foi construído
entre 1992 e 1998.
Trata-se
portanto
de um conjunto de conceitos, também eles entrelaçados, como num quiasma,
que significa x em grego. O nome Kiasma deriva da designação dada a interligação
de terminações nervosas, fazendo uma alusão ao encontro “fértil” entre pessoas
e idéias.
O
museu está localizado na Avenida Mannerheimitie, o coração
da capital, em um lugar de importância vital, pois é cercado por grandes
referências da cultura finlandesa.
A oeste
faz fronteira com o edifício do Parlamento, a leste com a estação ferroviária e ao norte
Eliel Saarinen com
Alvar Aalto
Salão Centro. Também, marcaram o local com uma geometria triangular que se abre
para a Baía de Töölö, tem
a qualidade sugestiva
de
estar no lugar de confluência de diferentes lotes urbanos, característica brilhante
que o arquiteto
aproveita
para a
configuração formal da proposta. Um dos seus pontos fortes é a capacidade que o
prédio possui para ligar
o centro da capital até a vila costeira de Töölö.
O
Museu de Arte Contemporânea de Helsínquia, mais conhecido como Kiasma, é o
resultado de um concurso internacional de design de arquitetura realizada no
ano 1992.
O
concurso foi destinado a arquitetos dos países nórdicos e bálticos. Cinco
arquitetos de renome internacional participaram entre os quais havia apenas um
cidadão norte-americano. Em 1993, o trabalho Kiasma pelo arquiteto americano Steven Holl foi
selecionado entre os 516 concorrentes.
Conceito:
O
conceito proposto de Kiasma Holl é
interpretado como uma massa construída que se encaixa com a geometria da cidade
e da paisagem. E, como resultado, gera um forma com elementos culturais
implícitos, curvando a diretriz ligando o edifício com o Hall of Finland,
mantendo-se com uma outra linha natural a paisagem.
O
projeto se refere a ideia de uma “garagem de arte” e ao tipo de movimento em
espiral no interior do espaço e ainda tomo como referência a entrada de luz
natural no interior do museu.
O projeto:
1 - Entrada Principal
2 - Lobby
3 - Vestiário
4 - Sala de informações
5 - Livraria
6 - Café
7 - Átrio do Auditório
8 - Auditório
9 - Fórum de Arte
10 - Sala de Máquinas
11 - Biblioteca
12 - Escritório
13 – Salão de Exposição Permanente
Fenomenologia:
Steven
Holl
projetou um museu que deslumbra por suas sutilezas e que ao mesmo tempo suas
linhas limpas faz com que a arte seja o foco das atenções, tem o objetivo de percorrer o espaço a várias
alturas, há uma forte deformação na perspectiva da visão, faz progredir o corpo
precisamente por essa perspectiva.
Steven tinha a intenção de mexer com a mente
através destas formas geométricas e ângulos de forma silenciosa e ainda
dramático, uma configuração neurológica que liga percepção e concepção.
Na grande encenação destes espaços, a
arquitetura é entendida de uma forma teatral, no sentido de que, a todas as
situações, o autor dá uma expressão profundamente dramática. Mas, para lá
disto, sentimos também que esta encenação é metafórica, quer referir-se a
qualquer coisa que está para lá da própria arquitetura. Nesse sentido,
independentemente de ser ela própria, a arquitetura é também a expressão de
algo que a transcende.
Linguagem do arquiteto:
O
arquiteto é chamado de “inventor de tipologias”, e suas analogias podem ser de
vários tipos, desde as analogias tipológicas, por simplificação, que tratam-se
sobretudo de utilizar uma linguagem formal e compositiva derivada da linguagem
analógica das tipologias característica da Tendenza
italiana,
ainda que Holl não
se tenha limitado a imitar. Tendo desenvolvido estudos tipológicos, no início
da sua carreira, Holl tem
um conhecimento real e direto das tipologias norte-americanas, urbanas e
rurais, utilizando-as no seu trabalho projetual e manipulando-as de um modo criativo.
Por isso lhe chamamos inventor de tipologias.